A cirrose hepática traz consequências que controlamos no pré-transplante de fígado com uso de medicações. Conheça eles, aprenda, evite auto-medicação.
A doença hepática terminal, que acaba necessitando de um transplante, traz uma série de consequências ao nosso organismo, que tentamos aliviar e/ou controlar através do uso de alguns medicamentos. Os mais comumente utilizados são:
Essas medicações não precisam ser utilizadas em todos os casos, sua necessidade depende da particularidade de cada paciente. Não utilize medicações sem a expressa recomendação de um médico.
Não é recomendado o uso de anti-inflamatórios ou medicações que possuam ação no sistema nervoso central. Pacientes que estão em lista de espera para transplante têm em sua maioria um prejuízo da função metabólica e de detoxificação do órgão, o que pode alterar o processamento de diversos medicamentos. Dessa forma, a utilização não supervisionada de medicamentos pode ser bastante prejudicial.
A utilização de ervas, alguns suplementos nutricionais e outros remédios holísticos ou “naturais” são altamente desencorajados. Essas substâncias não são reguladas pela agência nacional de vigilância sanitária (ANVISA). É impossível determinar o impacto na saúde de um paciente com doença hepática e tão pouco a interação com as medicações em uso.
Em suas consultas médicas, procure levar sempre a lista dos medicamentos em uso, pois isso aumenta a segurança e eficácia de seu tratamento. Esse hábito permite o ajuste correto da dose dos medicamentos, confirmação de possíveis interações medicamentosas e eventual suspensão de medicamentos não mais necessários.
Pontos-chave:
• Conhecer o nome, dosagem e o efeito esperado das medicações, é importante aumentar seu entendimento da doença.
• Pacientes que apresentam encefalopatia não podem ficar responsáveis pela auto administração das medicações. O ideal é que algum familiar se responsabilize pelo uso correto dos medicamentos.
• Não utilize medicamentos, ervas, suplementos nutricionais ou outros sem o conhecimento médico.
Médico pela PUCPR (CRM 20009/PR). Residência médica em cirurgia geral pela PUCPR, com área de atuação em cirurgia vídeo-laparoscópica (RQE 192). Título de Especialista em Cirurgia Geral pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões (RQE 13560). Título de Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (RQE 15509). Atua na área de transplante de fígado, pâncreas e rim. Membro da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), da Sociedade Internacional de Transplante de Fígado (ILTS) e da Sociedade de Transplantação (TTS).