O diagnóstico de cirrose hepática causa muita apreensão pois é associado a diversos mitos e estigmas enraizados na sociedade.
O processo de adoecimento do fígado na cirrose é lento e progressivo, a doença uma vez instalada é considerada, apesar de contínuos esforços científicos, uma doença irreversível.
A doença apresenta poucos e inespecíficos sintomas, mais comumente passa a se expressar de maneira mais evidente quando em estágios mais avançados.
Um dos primeiros estigmas da doença é a relação com o uso de bebidas alcoólicas. O álcool é uma das causas mais comuns da cirrose, porém nem de longe é a única. Muitas pessoas se surpreendem – “Dr, eu nem bebo!” – e ficam incrédulas com o diagnóstico.
O diagnóstico de cirrose hepática traz muitas dúvidas e preocupações. Descubra as causas e os princípios do tratamento.
A cirrose hepática surge quando o fígado sofre uma agressão continuada. Muitas condições podem resultar em cirrose. Diagnóstico precoce para evitar as complicações é fundamental.
Caso a doença já esteja em estágios mais avançados, o controle das complicações deve ser permanente, visando maior qualidade e tempo de vida.
Uma alimentação adequada na cirrose hepática é fundamental para prevenir ou retardar as complicações da doença. A difusão de informações erradas, baseadas em conceitos ultrapassados pode auxiliar na adoção de hábitos alimentares que são prejudiciais ao paciente.
De maneira geral uma alimentação saudável e variada é recomendada a todos os pacientes. Fora o álcool, virtualmente nenhuma comida danifica o fígado ou é contra-indicada para pacientes com cirrose. Não se deve fazer restrição de ingestão de proteínas.
Sabemos que a cirrose é o destino final de vários tipos de agressão sustentada ao fígado, porém devemos entender que os caminhos que levam a esse destino podem ser diferentes, portanto passíveis de diferentes tipos de prevenção e tratamento.
Um visão integrada clínico-patológica de doença deve levar em consideração a causa da doença, a atividade da doença, presença de doenças associadas, avaliação de fatores de risco para desenvolvimento de câncer e de progressão da doença.
Uma vez diagnosticada o objetivo do tratamento deve ser buscar a prevenção ou o retardamento das principais complicações da doença: hemorragia digestiva, ascite, encefalopatia e câncer.
O tratamento da cirrose hepática é muito relacionado ao estágio de gravidade quando do descobrimento da doença. A depender do grau de acometimento do órgão, os tratamentos podem almejar tentar reverter ou retardar o grau de fibrose do órgão. Em estágios mais avançados – de cirrose hepática – resta o tratamento e prevenção das complicações da doença. Lesões irreversíveis podem denotar a necessidade de transplante de fígado.