A Central Estadual de Transplantes é que fiscaliza as atividades das instituições que realizam o transplante, que faz a busca ativa dos órgãos de potenciais doadores e que organiza a lista dos pacientes que receberão os órgãos doados.
Dessa maneira, não é o médico ou a equipe de transplante que controla a distribuição dos órgãos e sim um órgão estatal. Aqueles pacientes que necessitam de um transplante são inseridos em um sistema informatizado do Sistema Nacional de Transplantes pela equipe responsável pelo tratamento.
Como é determinada a posição em lista.
Primariamente, a lista de espera é organizada pela compatibilidade sanguínea, de acordo com o tipo de sangue do receptor e do doador, ou seja, uma lista de espera para o tipo de sangue A, B, AB, O.
No transplante de fígado, além da compatibilidade sanguínea, é seguido um critério de gravidade da doença, ou seja, o paciente mais grave transplanta primeiro. Esse critério é baseado em uma fórmula matemática chamada MELD. O nome MELD é baseado no modelo de doença hepática terminal, em inglês chamado Model for End Stage Liver Disease.
O MELD é calculado pelas dosagens no sangue dos seguintes elementos bioquímicos: bilirrubina, creatinina, RNI (tempo de atividade de protrombina – TAP) e sódio. Quanto mais alto for o valor do MELD, de maior gravidade o paciente é considerado.
Esse método de alocação (distribuição) de órgãos é a metodologia atualmente mais usada em todo o mundo.
Dessa maneira, a compatibilidade sanguínea e o MELD (gravidade) são os principais fatores que determinam a posição na lista de espera. Outros fatores também podem influenciar a distribuição do órgão, como compatibilidade anatômica e doenças infecciosas do doador.