MELD-PSOAS como fator prognóstico de mortalidade no pós-transplante de fígado.

Trabalho apresentado em sustentação oral (OR12521) por ocasião do XVI Congresso Brasileiro de Transplantes, em 2019.

Estuda a importância da perda de massa muscular – sarcopenia – nos pacientes submetidos a transplante de fígado. A sarcopenia é consequência da doença hepática crônica e traz inúmeras consequências para o nosso organismo. Estuda-se se a sarcopenia pode influenciar, aumentando as complicações após o transplante hepático. Essa influência é até sugerida pela modificação do índice de gravidade adotado para a distribuição dos órgãos – o MELD – com a incorporação da variável sarcopenia, que no presente estudo seria avaliada pelo diâmetro transverso do músculo psoas na avaliação por tomografia computadorizada.

Confira os slides abaixo, apresentados por ocasião do congresso.

Abaixo o resumo do trabalho.

MELD MODIFICADO PELA SARCOPENIA (MELD-PSOAS) COMO FATOR PROGNÓSTICO DE MORTALIDADE CIRÚRGICA NO PÓS-TRANSPLANTE HEPÁTICO

Introdução
O transplante hepático é uma forma terapêutica para doenças hepáticas terminais. Múltiplos fatores influenciam nas complicações pós-transplante, sendo um desses fatores a sarcopenia. O presente tem como objetivo avaliar o MELD-PSOAS como critério prognóstico de mortalidade cirúrgica dos pacientes pós-transplante hepático.

Material e Método
Estudo de coorte, entre grupos com e sem mortalidade cirúrgica, submetidos a transplante hepático, na cidade de Campo Largo, Paraná, no período de novembro de 2015 a maio de 2018. Critérios de exclusão foram pacientes com re-transplante ou transplante fígado-rim, pacientes com exames de imagem com mais de 10 meses do transplante hepático ou imagens não disponíveis. Foi avaliada a espessura transversal do músculo psoas do lado direito normatizado pela altura (TPMT/altura), correlacionando com o escore MELD e calculando o escore MELD-PSOAS.

Resultados
Total de 80 pacientes, a maioria (75%) pertencentes a coorte sem mortalidade cirúrgica, com idade aproximada de 50 anos, etnicamente brancos e do sexo masculino. Não possuíam exceção ao MELD 92,21% dos pacientes. MELD médio de 21,51±6,91. A razão TPMT/altura não guardou correlação linear com o índice de gravidade MELD. Não houve diferença significativa do MELD-PSOAS entre o grupo com mortalidade cirúrgica (5,51±1,80) e sem mortalidade cirúrgica (4,65±1,16).

Discussão e Conclusões
O escore MELD-PSOAS não se apresenta como critério prognóstico de mortalidade cirúrgica no pós-transplante hepático do Hospital do Rocio.

Palavras Chave
Transplante de fígado. Sarcopenia. Cirrose hepática. Músculos psoas. Diagnóstico por imagem.

Referência bibliográfica.
1.SILVEIRA, FABIO; Silveira, Fábio Porto; Souza, Soraya Lucia Neres de; Wendler, Guilherme (2020): MELD MODIFICADO PELA SARCOPENIA (MELD-PSOAS) COMO FATOR PROGNÓSTICO DE MORTALIDADE CIRÚRGICA NO PÓS-TRANSPLANTE HEPÁTICO. figshare. Presentation. https://doi.org/10.6084/m9.figshare.12834587.v1
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