Descubra e entenda quando um transplante de fígado se torna necessário, normalmente quando ocorre um prejuízo irreversível da função do fígado.
Uma vez instalada a cirrose hepática, observamos comprometimento do processamento de vitaminas e nutrientes absorvidos pelo intestino, alteração na eliminação de subprodutos tóxicos de nosso metabolismo e uma redução na produção de proteínas necessárias ao processo de coagulação de nosso organismo.
O diagnóstico de cirrose hepática não significa que o fígado deixou de funcionar completamente, como preto ou branco. O funcionamento do fígado envolve vários tons de cinza e essas diferentes tonalidades são avaliadas pelo médico pelo conjunto do exame clínico e laboratorial do paciente.
Como é avaliado o dano ao fígado.
Se o dano ao fígado for grave, o transplante pode ser necessário. O transplante oferece ao paciente a possibilidade de possuir um órgão capaz de propiciar às necessidades do metabolismo de uma pessoa saudável. O transplante é indicado quando o médico avalia que existe um risco significativo de morte nos próximos 2-3 anos.
Escores de gravidade como o MELD e a Classificação de CHILD são utilizados como ferramentas de suporte ao médico para auxiliar na determinação da necessidade de transplante, geralmente um MELD maior do que 15 ou um CHILD B são considerados como potenciais candidatos a transplante.
O transplante de fígado está indicado quando o fígado está tão doente que não pode mais realizar suas funções vitais e quando a doença hepática não pode ser corrigida de outra maneira.
Sinais de falência do fígado.
Os sinais que mais comumente indicam a falência do fígado e a eventual necessidade de transplante são:
- Ascite: acúmulo de líquido na cavidade abdominal (barriga d´água);
- Sangramento digestivo: proveniente da ruptura de varizes internas (veias dilatadas) localizadas no esôfago ou estômago;
- Icterícia: coloração amarelada dos olhos;
- Encefalopatia: alteração do estado mental devido ao acúmulo de substâncias nocivas na corrente sanguínea;
- Câncer: tumores de fígado em estágios iniciais podem ser candidatos a tratamento com o transplante.
Pontos-chave:
• A cirrose é uma condição irreversível;
• Nem todo paciente com cirrose precisa de transplante;
• Caso se avalie que a função do fígado não é suficiente para manter um funcionamento adequado do organismo e a função não for recuperável, um transplante poderá ser necessário.