Adenoma hepático.

O adenoma hepatocelular é um tumor hepático raro, fortemente ligado ao uso de esteroides contraceptivos, seja os derivados de estrogênio ou de progesterona. É um tumor benigno, com rara malignização. Ocorre predominantemente em mulheres jovens, obesas e em uso de anticoncepcionais hormonais orais (ACHO). O crescimento dos adenomas parece ser hormônio dependente, com evidências de crescimento durante a gravidez e regressão após a suspensão dos ACHO.

De maneira geral não produz sintomas, sendo descoberto em exames de imagem de rotina ou realizados por outras queixas. Dor localizada no hipocôndrio direito ou epigástrio é queixa de 25% dos pacientes. A dor pode iniciar ou se tornar pior após o sangramento ou necrose do tumor. A apresentação mais dramática do adenoma hepatocelular é o hemoperitônio, que é o sangramento livre para a cavidade abdominal. Esse tipo de complicação é mais comum nos tumores subcapsulares e associados ao uso de anticoncepcionais.

O diagnóstico é dado na maioria das vezes através de um exame de ressonância nuclear magnética de boa qualidade interpretado por um médico experiente.

O tratamento do adenoma depende da forma de apresentação, do sexo do paciente, do tamanho do tumor e da sua localização. Doravante requer uma avaliação individualizada.

Aviso legal: como médicos também temos a função social de divulgar a medicina e saúde, aproveite essas informações para cuidar da sua. Entretanto, reforçamos que ela não substitui atendimento médico.

Dr. Fábio Silveira

Médico pela PUCPR (CRM 20009/PR). Residência médica em cirurgia geral pela PUCPR, com área de atuação em cirurgia vídeo-laparoscópica (RQE 192). Título de Especialista em Cirurgia Geral pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões (RQE 13560). Título de Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (RQE 15509). Atua na área de transplante de fígado, pâncreas e rim. Membro da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), da Sociedade Internacional de Transplante de Fígado (ILTS) e da Sociedade de Transplantação (TTS).

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