Hiperplasia nodular focal.

A hiperplasia nodular focal é o tumor benigno mais comum do fígado, geralmente único e bem circunscrito, composto de uma proliferação de hepatócitos em volta de uma cicatriz estrelada. Mais comum em mulheres, geralmente é diagnosticado na terceira ou quarta década de vida. Sua causa é desconhecida e uma provável relação com uso de anticoncepcionais hormonais orais ainda carece de comprovação científica.

A grande maioria das lesões não produz sintomas e são descobertas em exames de imagem realizados por outros propósitos. É comum possuir uma localização subcapsular ou ser pedunculada. A lesão pode se tornar sintomática caso, com o seu crescimento, ocorrer sangramento ou necrose na lesão. A ruptura da lesão é rara. Em cerca de 20% dos casos está associada a adenomas hepáticos.

O diagnóstico é dado na maioria das vezes através de um exame de ressonância nuclear magnética de boa qualidade interpretado por um médico experiente.

O tratamento cirúrgico somente é indicado em lesões grandes e sintomáticas, quando indica-se uma ressecção segmentar ou enucleação da lesão. Na maioria dos casos somente o acompanhamento por exame de imagem é necessário, principalmente nos casos de ausência de um diagnóstico preciso por ressonância. Na evidência de um crescimento substancial, a ressecção cirúrgica está indicada. A lesão não é considerada pré-maligna. A suspensão do uso do anti-concepcional oral é controversa.

Aviso legal: como médicos também temos a função social de divulgar a medicina e saúde, aproveite essas informações para cuidar da sua. Entretanto, reforçamos que ela não substitui atendimento médico.

Dr. Fábio Silveira

Médico pela PUCPR (CRM 20009/PR). Residência médica em cirurgia geral pela PUCPR, com área de atuação em cirurgia vídeo-laparoscópica (RQE 192). Título de Especialista em Cirurgia Geral pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões (RQE 13560). Título de Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (RQE 15509). Atua na área de transplante de fígado, pâncreas e rim. Membro da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), da Sociedade Internacional de Transplante de Fígado (ILTS) e da Sociedade de Transplantação (TTS).

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