Elastografia na esteatose hepática.

A esteatose hepática deve ser avaliada com um exame de imagem não invasivo para quantificação de fibrose. A identificação de esteatohepatite / fibrose é um fator prognóstico importante na evolução da doença, principalmente nos pacientes com obesidade e/ou diabetes associados.

A progressão da inflamação e fibrose no fígado se associa à perda de elasticidade do órgão. então se analisarmos e quantificarmos a rigidez do órgão, podemos tentar avaliar a intensidade dessas alterações de maneira não invasiva. Esse tipo de método é chamado de elastografia.

Esse tipo de tecnologia – elastografia – está em constante evolução. Diferentes aparelhos disponíveis no mercado, com seus respectivos softwares de leitura, têm sido estudados, e por esse motivo não existem valores fixos de resultados que indicam a presença ou ausência de doença.

A elastografia é um típico exame que deve ser analisado em conjunto com outros fatores, à luz de um médico habituado a navegar no tema.

De maneira geral a elastografia é capaz de identificar bem a fibrose – presença de cicatrizes em decorrência da inflamação – em graus avançados.

No contexto da esteatose hepática, a elastografia geralmente é realizada anualmente, como medida de acompanhamento de progressão da doença. Na eventual necessidade de confirmação diagnóstica ou análise de potenciais diagnósticos diferenciais, o médico poderá requisitar uma biópsia do fígado.

Referências bibliográficas.
1)Mariana Verdelho Machado, Anna Mae Diehl – Pathogenesis of Nonalcoholic Fatty Liver Disease,Editor(s): Arun J. Sanyal, Thomas D. Boyer, Keith D. Lindor, Norah A. Terrault,Zakim and Boyer’s Hepatology (Seventh Edition). 2018. Pages 369-390.e14. ISBN 9780323375917. https://doi.org/10.1016/B978-0-323-37591-7.00025-2.
2)Quentin M. Anstee, Christopher P. Day Epidemiology, Natural History, and Evaluation of Nonalcoholic Fatty Liver Disease,Editor(s): Arun J. Sanyal, Thomas D. Boyer, Keith D. Lindor, Norah A. Terrault, Zakim and Boyer’s Hepatology (Seventh Edition), Pages 391-405.e3,ISBN 9780323375917,https://doi.org/10.1016/B978-0-323-37591-7.00026-4.
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Dr. Fábio Silveira

Médico pela PUCPR (CRM 20009/PR). Residência médica em cirurgia geral pela PUCPR, com área de atuação em cirurgia vídeo-laparoscópica (RQE 192). Título de Especialista em Cirurgia Geral pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões (RQE 13560). Título de Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (RQE 15509). Atua na área de transplante de fígado, pâncreas e rim. Membro da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), da Sociedade Internacional de Transplante de Fígado (ILTS) e da Sociedade de Transplantação (TTS).

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