Identificada esteatose, devemos buscar suas causas, identificar a esteatohepatite e planejar o tratamento.
Após o diagnóstico inicial – mais comumente realizado após um exame de ultrassonografia – o médico irá de maneira geral confirmar a presença desse acúmulo de gordura no fígado, investigar e excluir outras causas da doença (ex. álcool, remédios), assim como a presença de outras doenças crônicas do fígado (ex. hepatite C).
O próximo passo, fundamental, será avaliar a atividade da doença, ou seja, a presença ou não de esteatohepatite.
A progressão da esteatohepatite pode desencadear um processo de fibrose, esse sim, o principal fator de prognóstico da doença.
A avaliação da presença de esteatohepatite e/ou fibrose e consequentemente a estratificação do risco da doença pode envolver diversas etapas, conforme o julgamento inicial do médico e seu próprio quadro clínico e/ou outras doenças associadas. Alguns passos que podem ser utilizados estão listados abaixo:
- biópsia do fígado;
- relações bioquímicas: resultados de exames laboratoriais são analisados com características do paciente, compondo escores que tentam prever o risco de desenvolvimento de inflamação/fibrose;
- avaliação radiológica: elastografia.
Nem todos esses exames devem ou precisam ser realizados em todos os pacientes. Também é importante frisar que o diagnóstico, avaliação de gravidade e acompanhamento de longo prazo não é possível de ser realizado com um único exame de sangue ou modalidade de exame de imagem.
Uma avaliação completa, a longo prazo, atenta as evoluções acerca do conhecimento da doença é fundamental.